Um escudo bipartido com as cores da equipe, a metade esquerda de cor vermelha e a direita de cor branca e que significam alegria, colorido e vivacidade como base de entusiasmo na luta em desporto;
Ao meio do escudo, um listrão com a abreviatura (sigla) do nome do Clube, sobre uma bola de futebol, a principal razão de ser da nova agremiação desportiva;
Ao encimar o escudo uma águia de asas abertas, animal heráldico de grande significado: autoridade, força, vitória e orgulho, símbolo de elevação de propósitos e de espírito de iniciativa;
Por baixo da águia, nas suas garras, entre ela e o escudo, uma faixa com a divisa em latim “E Pluribus Unum (Um por todos e todos por um). Ao que parece, a divisa teria sido escolhida ou sugestionada por Félix Bermudes, fazendo a apologia da união e do espírito de família que caracterizou a criação do Clube.
A águia é a ave-sol, a única capaz de olhar de frente o astro-rei
A águia é o principal símbolo do emblema identificando o Clube com as características dessa ave. A águia é a rainha das aves, domina os céus, está acima de tudo e todos no planeta. Esta magnífica ave é a mais disseminada e abundante de todas as grandes aves do Mundo tendo de tamanho entre 80 cm a um metro, com mais de dois metros de envergadura (distância entre as pontas das duas asas). É um predador formidável, com enormes garras curvas e afiadas, com bico aguçado em gancho e uma visão extremamente penetrante. Tudo isto permite que tenha características que a colocam simbolicamente numa posição única no espaço e no tempo. A águia é a ave-solar, representando o astro-rei em várias mitologias, porque é portadora do fogo celeste, já que só ela olha sem temor e de frente o sol. Desde a Pré-História até à atualidade e em todo o mundo, a águia tem sempre uma simbologia positiva, tal como o oiro, por ambos representarem o Sol, na terra e no ar.
«Símbolo tão importante que não há narrativa ou imagem, histórica ou mítica, tanto na nossa civilização como em todas as outras, arcaicas ou contemporâneas, em que a águia não acompanhe ou mesmo represente, os maiores deuses e os maiores: símbolo do coletivo e da paternidade primitiva, atributo de Zeus na Grécia, de Júpiter em Roma, de Cristo, o emblema imperial de César e de Napoleão, e tanto na pradaria americana como na Sibéria, no Japão, na China ou em África, xamãs, sacerdotes e adivinhos, bem como os reis e os chefes guerreiros tomam os seus atributos para partilharem os seus poderes» (Chevalier, J. e Gheerbrant, A. in Dicionário dos Símbolos, 1982).
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